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Trabalhadores aguardam atendimento no Pat Brás |
Conhecido como maior polo
econômico do hemisfério Sul e estado brasileiro mais populoso da federação, com
quase 42 milhões de habitantes, São Paulo tem sido grandemente afetado pela
crise econômica que o Brasil passa. Dentre esses milhões de habitantes, segundo
pesquisa do DIEESE, Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos, o número de pessoas desempregadas foi estimado em 1,617 milhão
em fevereiro, cerca de 68 mil a mais que em janeiro. Na contramão da crise,
muitas pessoas buscam formas de manter seus custos de vida enquanto não
conseguem emprego, algumas opções são serviços temporários, mas o que está em
alta é ser empreendedor em casa.
Procurar o PAT, Posto de
Atendimento ao Trabalhador, tem sido um meio importante para os trabalhadores
que buscam se recolocar no mercado. Marcelo de Lima, supervisor do PAT Brás,
conta que, muitas pessoas passam pelo posto durante o dia, em média 250. Deste
número, somente 30 delas vão até lá para dar entrada no seguro desemprego, e o
restante estão à procura de uma oportunidade de trabalho. O serviço do PAT é
fazer a mediação entre as empresas que anunciam vagas no Posto e os
trabalhadores que se candidatam.
Deyse Medeiros tem 30 anos, mora
no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, e sempre trabalhou no ramo de
vendas. Segundo ela, a oportunidade de ganhos com comissionamento sempre foi
maior, e preferia não contar somente com um salário fixo. Ela está desempregada
a pouco mais de um ano, mas encontrou uma forma de gerar renda. Deyse é uma
empreendedora em sua própria casa. Ela sempre gostou de cozinhar, em especial
bolos e doces. Para ela “o estalo” aconteceu quando pensou em unir o dom de
vender, com o dom de cozinhar, assim, investiu em material para fazer o teste,
e deu certo! Hoje, ela faz bolos e doces por encomenda, e também vende para um
comercio perto de sua casa, que revende os quitutes. Os lucros com o novo
negócio têm ajudado com que ela mantenha seus custos de vida, e também a investir
em seu talento na cozinha. Ela pretende iniciar uma graduação no curso de
gastronomia.
Segundo Manfred Back, economista,
a taxa de desemprego vai demorar a diminuir, se tudo der certo a partir do novo
governo, em média de três a quatro anos. Dentre as taxas de desemprego, os
jovens estão entre a maior parte dos desempregados. A perspectiva maior para
eles está nos programas de estágios, que este ano não foram cancelados. As
empresas aproveitam os programas, pela questão do custo trabalhista um pouco
menor, e assim geram mais oportunidades para estes jovens que buscam se
recolocar no mercado.
Para Manfred, o maior problema do
desemprego fica com aqueles que já têm uma profissão. Para os que têm popança,
a dica dele é aproveitar o período de desemprego para se especializar, pois
quando a economia retomar, as chances de se recolocar no mercado de trabalho
serão maiores. Para quem não tem poupança, a opção é o famoso “bico”, serviços
temporários em shoppings ou sendo revendedor de produtos, e, outra opção é o
empreendedorismo, que depende muito da pessoa e do tipo de talento que ela tem.
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